
por: Heloize Tavares
Então você acha que os jogos atuais são demasiadamente estereotipados? Quer dizer, algo do tipo: evolução de personagens significa RPG, “headshots” significam RTS, necessidade tática indica um RTS? Então talvez seja uma boa ideia conferir o trabalho que a desenvolvedora Bethesda Softworks tem feito com o seu vindouro Brink. Para quem não sabe, trata-se da mesma softhouse que colocou no mercado Fallout 3 — o que explica muita coisa, realmente.
A ideia da Bethesda para Brink é bastante clara: criar um experiência complexa, um “mix” de estilos e jogabilidades, a fim de criar algo variado e rico. Afinal, a vida não se divide em apenas tiros, socos ou estratégias, certo? Bem, pelo menos é isso o que pensa o diretor criativo da empresa, Richard Ham, que em entrevista recente ao site Gamespot.com surgiu com mais detalhes sobre o que, exatamente, se pode esperar de Brink.
Entre os principais detalhes, o representante da Bethesda falou da possibilidade de se levar o jogo tanto online quanto offline, sem que absolutamente nada seja alterado. Mas essa não é a única característica singular do título. Afinal, quem — excetuando-se os criadores de Final Fantasy, talvez — teria pensado em uma superestrutura ecologicamente correta pairando sobre a Terra?
Um brutamontes lento ou um fracote ágil
Outro ponto em que a Bethesda foca na diversidade/variedade é os modos de personalização de Brink. Aliás, é bom dar alguma atenção para o processo criativo, porque o mesmo personagem poderá ser utilizado em ambas as campanhas do jogo — uma para cada lado na guerra civil, conforme colocado em tópico anterior.
A ideia aqui é bastante óbvia: crie um brutamontes, e ele será forte (é claro), resistente, poderá carregar armas de grande porte, mas será terrivelmente lento. Na outra ponta do espectro, um sujeito franzino será ágil, facilmente passará despercebido, mas terá baixa resistência, e provavelmente jamais vai utilizar as armas de maior calibre no jogo.
Mas, é claro, sempre existe o bom e velho “meio termo”, o personagem que faz decentemente qualquer coisa no jogo, o que é sempre uma boa escolha. Até por que, conforme você ganha níveis, sempre será possível investir nas características do seu alterego. No mais, independentemente da classe escolhida, até mesmo os pontos de experiência são divididos — sem dúvida uma ótima característica.
Lar doce lar
Existe ainda em Brink uma estrutura de apoio conhecida como posto de comando. Trata-se da sua base no jogo; um porto seguro onde todos os membro da sua equipe podem compartilhar armas e recursos.
Mas, além da facilidade logística, os postos de comando também tem serventia estratégica, já que sempre será possível conquistar novos postos através do campo de batalha. Além disso, caso a equipe conte com um engenheiro, o seu posto ainda pode ganhar “upgrades”, ou ainda um “firewall”, caso entre os membros exista também um operário.
Enfim, se você anda um tanto cansado de rótulos e desafios bem definidos, talvez Brink seja o seu título. Pelo menos a variedade do modo multiplayer, as possibilidades de personalização e as possibilidades táticas indicam isso.
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